
Com a criação desta nova equipa, o Benfica procura criar uma ponte que não existia entre a formação e a equipa principal, permitindo que os jovens talentos continuem a evoluir de águia ao peito. Para Zé Maria, esta era uma lacuna que precisava de ser preenchida, pois “a transição dos escalões de formação para os seniores é muito difícil, especialmente no nível do Benfica”. A equipa B servirá como um patamar intermédio, onde os jogadores poderão adaptar-se às exigências do futsal sénior sem a pressão imediata da equipa principal. Zé Maria e a criação do Benfica B no futsal: “Um ótimo passo”.
A grande vantagem, segundo Zé Maria, é a capacidade de reter talento. “Os miúdos, quando saem dos juniores e não têm espaço na equipa principal, sempre têm a equipa B onde podem mostrar o seu valor e continuam ligados ao Benfica”, explica. Esta ligação umbilical à estrutura principal é vista como um fator decisivo, pois facilitará a observação, e a eventual promoção, de jogadores, criando um fluxo de talento interno que pode beneficiar o clube a longo prazo.

Questionado se esta estrutura fazia falta no seu tempo, Zé Maria é perentório: “Claro que fazia falta, sim”. O antigo jogador recorda que “havia muitos jogadores com qualidade que queriam estar no Benfica, mas a equipa principal estava recheada de grandes jogadores e, então, não tinham vaga”.
A existência de uma equipa B teria sido uma solução para muitos desses atletas. Assim permitia-lhes continuar a sonhar com um lugar na equipa principal enquanto competiam a um nível elevado. Zé Maria vai mais longe: “Uma equipa B do Benfica devia jogar no nacional e não na distrital” para garantir um desafio competitivo à altura da qualidade dos seus jovens.

Por enquanto, esta equipa secundária irá jogar na última divisão da AF Lisboa e terá de escalar muito para chegar ao pico. Nos próximos anos, esta equipa B ainda terá um nível competitivo distante da realidade da Liga Placard, mas terá algo que só as distritais dão.

A equipa técnica da equipa B encarnada será, então, liderada por Francisco Lima, que já pertencia à estrutura da formação das águias, com a ajuda de Jander, antigo jogador com muitos anos, e mais de 200 golos, na I Divisão, que será treinador-adjunto.
Zé Maria e a criação do Benfica B no futsal: “Um ótimo passo”






