Vitória SC volta a pescar reforços no Bessa

O histórico de transferências entre os rivais do Norte aumentou, então, com a chegada do central Rodrigo Abascal a Guimarães. Com a contratação do ex-patrão da defesa do Boavista, já são 13 os jogadores que saem diretamente de um clube para o outro.

A chegada, a custo zero, de Rodrigo Abascal ao Vitória Sport Clube, de Guimarães, reacendeu o registo histórico de reforços provenientes do Boavista. Em toda a história dos eternos rivais nortenhos, que vestem preto e branco, há 13 jogadores que se transferiram diretamente de um clube para o outro. Mas desde 2018 que o trajeto é o mesmo: sair do Bessa para entrar no Dom Afonso Henriques. O Vitória SC volta a pescar reforços no Bessa.

Abascal reforça tendência recente

Rodrigo Abascal, defesa-central uruguaio que o Boavista recrutou ao Peñarol em 2021, é, então, o mais recente conquistador a trocar o Bessa pelo Dom Afonso Henriques, reforçando a defesa vitoriana para 2025/26. Esta é a terceira transferência direta entre os clubes desde 2018 e todas a favorecer os vimaranenses, que têm apostado no mercado axadrezado. Antes do central uruguaio de 31 anos, também Ricardo Mangas (2023/24) e Rochinha (2018/19) haviam feito o mesmo trajeto.

Histórico equilibrado mas com nova dinâmica

Apesar da atual ‘vantagem’ do Vitória nas transferências, o histórico revela-se, então, equilibrado. Ao todo, são 13 jogadores a ter-se mudado diretamente entre os dois clubes. Além dos nomes mais recentes e já falados em cima, também Paulo Turra (2004/05), Jaime Alves e António Caetano (1991/92) ou Mané (1977/78) seguiram viagem, a determinada altura, do Porto para Guimarães.

Já em sentido inverso, o Boavista recebeu, então, Rissutt (2007/08), Guga (2004/05), Ricardo Silva (2003/04), Gilmar (1999/00), Sousa (1977/78) e, então, o estreante dos negócios entre boavisteiros e vimaranenses, Bernardo da Velha (1971/72).

Conexão nortenha com décadas de história

A relação entre os dois clubes ultrapassa rivalidades, estendendo-se ao longo de décadas. As trocas diretas refletem momentos de aposta em talento disponível no mercado interno, numa lógica de conveniência desportiva e financeira. A chegada de Abascal é apenas mais um capítulo desta ligação entre Guimarães e o Bessa.

Pelos anos em que as transferências foram feitas é, também, percetível em que nível financeiro se encontram ambos os clubes. As primeiras operações favoreciam, então, desportivamente o Boavista, mas nos últimos anos é o Vitória quem mais contrata aos axadrezados.