Queiroz, apresentado em Omã, quer chegar ao Mundial 2026 – “Acredito que vamos conseguir”

Carlos Queiroz está de regresso ao ativo e de volta ao Médio Oriente. O experiente treinador português, de 72 anos, assinou contrato válido por um ano com a Federação de Futebol de Omã, abraçando o desafio de tentar levar a seleção à sua primeira fase final de um Campeonato do Mundo. “Acredito que vamos conseguir”, disse na apresentação.

Carlos Queiroz foi apresentado em Omã e o objetivo está bem definido: garantida a presença na fase asiática de playoffs (quarta ronda), agendada para outubro, Omã sonha com uma qualificação histórica para o Mundial. Terminou o Grupo B com dez pontos em nove jogos (3 vitórias, 1 empate e 5 derrotas), atrás de Coreia do Sul, Jordânia e Iraque, mas assegurou lugar entre as seis equipas que disputarão os dois últimos bilhetes diretos para o Mundial 2026.

O reencontro de Queiroz com o Catar

O sorteio ditou, então, Catar (precisamente a última seleção orientada por Queiroz) e Emirados Árabes Unidos como adversários. Apenas o primeiro classificado de cada grupo garantirá lugar direto no Mundial. O feito seria inédito para Omã, e significaria história também para o treinador português: caso consiga essa qualificação, será a quinta do currículo e algo nunca registado na história do jogo. Depois de ter qualificado África do Sul (2002), Portugal (2010) e Irão (2014 e 2018), Queiroz ficaria isolado em número de qualificações para Mundiais. Superando Walter Winterbotton (quatro qualificações com Inglaterra) e Óscar Tabárez (outras quatro com o Uruguai).

A oitava seleção de Queiroz

Omã surge, então, como a oitava seleção nacional orientada por Queiroz, depois de passagens por Portugal (AA e sub-20), Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Irão, Colômbia, Egito e Catar. Soma já 236 jogos por seleções nacionais AA e 136 vitórias, sendo o treinador com mais vitórias no futebol internacional de seleções.

Esta terça-feira, nas primeiros declarações produzidas já depois de assinar contrato com Omã, Carlos Queiroz assumiu o desafio e a exigência.

“O meu primeiro sentimento é especial e é de gratidão. É uma grande honra para mim servir a Seleção Nacional de Omã. Este é um grande desafio, não será fácil. A minha definição é simples: será uma tarefa amarga, mas no final o fruto do nosso trabalho será muito, muito doce”, afirmou, confiante na qualificação.

“Vamos analisar, de forma detalhada, a equipa e os jogadores. Teremos também informação, claro, das outras equipas. Mas o plano é construir, juntamente com a federação, o melhor programa de preparação para a nossa equipa. Com o compromisso e talento dos jogadores, e com aquele que acho que deve ser o melhor plano de preparação desta fase de qualificação, com trabalho duro e inteligente, com disciplina e ambição, estou confiante que conseguiremos os nossos objetivos”, prosseguiu, deixando ainda uma mensagem final para os adeptos. “Estejam preparados para ser o 12.º jogador. Juntamente com os adeptos, vamos conseguir.”