Ousmane Dembélé têm sido o grande protagonista da formação parisiense, mostrando um fulgor assinalável principalmente nos últimos três meses. O extremo francês leva 25 golos no presente ano civil (incluindo seleção francesa), destacando-se como o melhor marcador das top 5 ligas europeias em 2025. É no Parque que Dembélé se sente bem. Pelo menos a avaliar pelas exibições esta época pelo PSG, não só em casa – no conhecido Parc des Princes – mas também fora, sendo o craque de uma equipa que já encanta, não só a nível interno mas também na Liga dos Campeões.
Com uma equipa recheada de talento e um treinador de elite, o PSG de Luis Enrique pode selar hoje o seu 13º título de campeão francês – basta um empate caseiro frente ao Angers ao início da tarde (15h portuguesas) – e concentrar-se depois na tão ansiada conquista do triplete.
Dembélé começou por dar nas vistas ao serviço do Borussia Dortmund, de Thomas Tuchel mas a transferência para Barcelona não lhe trouxe melhores dias. Ao longo de seis temporadas na equipa catalã, o avançado, de 27 anos, chegou então à dezena de golos em apenas duas ocasiões, sendo rotulado por muitos críticos como um dos flops da década.
A mudança de ares, com a ida para o Paris Saint-Germain, deu, então, uma nova vida o avançado, com este a recuperar muita da sua alegria em campo. E os resultados estão à vista: mesmo que até ao final de 2024 não tenha sido tão efetivo à frente da baliza como tem sido em 2025, Dembélé é um dos motores do melhor PSG dos últimos largos anos, ajudando a formação de Luis Enrique a praticar um futebol vistoso, enleante e de grande assertividade.
Em 2025, o príncipe natural de Vernon disparou: desde o primeiro jogo do presente ano civil, Ousmane leva 24 golos feitos ao serviço dos campeões franceses (8 em casa e 16 fora), tendo sido decisivo, por exemplo, na eliminação do Liverpool da Liga dos Campeões, ao marcar em Anfield e empatar a eliminatória na 2ª mão, a qual viria a ser ganha pelos franceses nos penáltis.
A inegável influência de vários jogadores portugueses, todos eles internacionais pela equipa de Roberto Martínez, aliada ao trabalho excecional de Luis Enrique e à qualidade de jogadores como Ousmane Dembélé e Barcola, tornam, então, este PSG uma verdadeira máquina do futebol moderno.
Se, na temporada passada, Vitinha já tinha demonstrado imensa qualidade, este ano o médio ex-FC Porto deu um salto qualitativo impressionante. Tornou-se numa das peças fundamentais do esquema tático de Luis Enrique e tem sido o responsável pela gestão do ritmo de jogo dos campeões franceses. O estratega, de 25 anos, natural de Santo Tirso, tem captado a atenção de outros gigantes do futebol europeu.
A chegada de João Neves ao PSG trouxe uma nova dimensão à equipa. Apesar da juventude, o ex-médio do Benfica demonstrou rapidamente a sua qualidade e personalidade em campo. Com uma capacidade de recuperação de bolas impressionante e segurança a construir, o jovem, de 20 anos, tem sido um dos motores da equipa em momentos decisivos. Esta temporada, já leva cinco golos e nove assistências, ao serviço do Paris Saint-Germain. A sua intensidade e maturidade encantaram os adeptos e consolidaram-no como uma aposta acertada para o futuro da equipa.
O lateral-esquerdo português voltou esta época, então, ao ativo em grande estilo, afirmando-se como um dos melhores da atualidade na sua posição. As aptidões físicas e qualidade técnica do lateral ex-Sporting têm sido essenciais para os processos de transição e ataque móvel do PSG. Isto aplica-se tanto a nível defensivo como ofensivo. A forma como combina com os extremos e chega à linha de fundo para cruzar tem sido uma arma letal na manobra ofensiva da equipa. Isto é demonstrado pelos quatro golos e quatro assistências que já anotou pelo emblema da capital francesa.
O avançado Gonçalo Ramos encontrou um PSG recheado de boas opções para o setor ofensivo, mas tem sabido afirmar-se.
Apesar da concorrência feroz que enfrenta, o avançado português tem sido o “suplente de luxo” de Luís Enrique, aproveitando cada oportunidade para mostrar a sua capacidade de finalização.
Esta temporada, o ex-Benfica já conta com 14 golos e uma assistência, ao serviço dos “Les Rouge-et-Bleu”. Com golos importantes em momentos chave, tem demonstrado que pode ser uma solução válida para o presente e, acima de tudo, para o futuro da formação parisiense.
Com o campeonato “no bolso” e garantida também a presença na final da Taça de França – frente ao Stade Reims, a 25 de maio – o PSG tem, então, pela frente a tarefa de se concentrar para finalmente conquistar a tão desejada Liga dos Campeões Europeus. Para já, tem eliminatória dos quartos-de-final agendada com o Aston Villa, de Unai Emery. Será 2024/25 a época mais histórica dos franceses?