Oscar Ustari foi protagonista nos três jogos do Inter Miami. Numa equipa que conta com craques veteranos como Lionel Messi e Luis Suárez foi, então, o guarda-redes argentino que se destacou.
A consistência e segurança que trouxe aos comandados de Mascherano colmatou, dentro do possível, os problemas defensivos revelados pelos norte-americanos. Destaque para o primeiro jogo, frente ao Al Ahly, no qual teve nota 10.0 em vários motores de estatística. À beira de completar 39 anos (faz na próxima quinta-feira), Ustari provou, então, que velhos são os trapos.
No setor mais recuado, encontram-se estão três defesas a falar castelhano. Os veteranos Sergio Ramos e Nicolás Otamendi, acompanhados de Dean Huijsen, estreante prodígio do Real Madrid, contratado, então, ao Bournemouth de Tiago Pinto.
Otamendi e Ramos marcaram ambos um golo importante para Benfica e Monterrey, respetivamente, e carregaram o seu clube até aos oitavos-de-final. Os dois capitães foram regulares nos três jogos.
Dean Huijsen foi porto seguro numa defesa instável. O central internacional espanhol trocou de colega ao longo dos três jogos, tendo sido o único que manteve a confiança do técnico Xabi Alonso no eixo da linha defensiva: Raul Asencio; Tchouaméni; Rüdiger e Jacobo Ramón.
Na linha de meio-campo, surgem três portugueses: Rúben Neves, Vitinha e Pedro Neto. Candidato à Bola de Ouro, Vitinha foi o jogador mais regular do PSG, mesmo na surpreendente derrota diante do Botafogo, de Renato Paiva. Por outro lado, Pedro Neto foi o mais explosivo e decisivo do Chelsea – marcou dois golos. Além desta dupla, Rúben Neves foi o pêndulo do Al Hilal. Marcou ao Real Madrid (de penálti) e foi preponderante na qualificação dos sauditas para os oitavos-de-final.
O brasileiro Gérson, do Flamengo, trouxe estabilidade ao meio-campo e velocidade às transições rubronegras. Decisivo nos dois jogos que garantiram o primeiro lugar, o, então, médio foi ainda o grande responsável pelo domínio do ‘Mengão’ frente ao Chelsea, na segunda jornada.
A fechar, a irreverência de Doku foi um dos fatores decisivos para o sucesso do Manchester City na fase de grupos. Participou em dois jogos e contribuiu para o melhor ataque da prova (13 golos). Muito consistente e ativo nos ataques da equipa de Guardiola.
A zona dianteira da equipa é composta pela flecha alvinegra Igor Jesus e pelo desconcertante Michael Olise. O avançado do Botafogo foi um dos motivos para a qualificação da Estrela Solitária para os ‘oitavos’, num grupo com PSG e Atlético de Madrid. Igor Jesus marcou ao Seattle Sounders e ao PSG, colocando a equipa de Renato Paiva nas bocas do mundo.
Ao lado do brasileiro está, então, Michael Olise. O craque francês fez três grandes e foi sempre protagonista. Abriu o Mundial com uma excelente exibição e só ficou em branco frente ao Benfica. Titular ou suplente utilizado, Olise mostrou-se, então, uma garantia de qualidade para Kompany.
Há alguns nomes que poderiam receber esta distinção, mas o treinador português do Botafogo superou, então, os demais por dois motivos. Primeiramente, por ter apurado os cariocas para os oitavos-de-final num grupo que incluía os poderosos Paris SG e o Atlético de Madrid, ambos considerados favoritos à entrada para o torneio. Depois, por tê-lo conseguido com uma sensacional vitória sobre recém-sagrado campeão europeu, tendo merecido rasgados elogios por parte de Luis Enrique.
Agora, Renato Paiva vai encontrar Abel Ferreira nos oitavos-de-final, num duelo português que promete fazer correr muita tinta.
Esta foi, portanto, a equipa ideal da fase de grupos.