Fraga é o goleador da Camacha: “Sonho chegar a outros patamares”

Eduardo Pedrosa CostaEduardo Pedrosa CostaFutebol3 semanas atrás26 Visualizações

Gabriel Fraga leva seis golos em seis jogos em todas as competições, cinco deles no Campeonato de Portugal, ao serviço da Camacha. A caminho da melhor época da carreira, admite sonhar em chegar a patamares mais altos.

Está a ser um início de época a todo o gás para Gabriel Fraga, avançado e goleador da Camacha, líder da Série A do Campeonato de Portugal. Em entrevista exclusiva ao Craques.pt, o atacante falou da temporada, da saída do Brasil e das diferenças para Portugal, além dos sonhos que tem para a carreira.

Desde 2018 em Portugal, Gabriel Fraga já conheceu vários pontos do país: Leiria com o Nazarenos e o GRAP, Setúbal pelo Montijo, Beja pelo Serpa, Viseu pelo Mortágua, Vila Real pelo Juventude de Pedras Salgadas e, mais recentemente, a Madeira pela Camacha.

Foi a ilha portuguesa que elegeu como o seu lugar preferido no país. Em relação à época, com seis golos em seis jogos, destacou o trabalho diário e não escondeu o sonho de competir noutros patamares em Portugal, como a Liga 2.

A entrevista completa

Tem sido um arranque de temporada de sonho.

Realmente tem sido um bom começo de temporada. A nível pessoal, fico muito feliz por estar a ajudar a equipa com golos e também porque sei que tudo o que tem acontecido é fruto do trabalho diário.

Acreditavas que a época ia começar tão bem a nível individual?

Costumo pensar sempre pelo lado positivo para começar bem. Fico muito feliz por esta fase que está a acontecer, mas também tenho noção de que o mais difícil não é começar bem, é manter esse nível. Por isso, procuro trabalhar com esse pensamento dia após dia.

A Camacha também começou bastante bem…

Começámos bem. Sabemos que é só o início e trabalhamos para manter o melhor nível coletivo.
A nível pessoal, acredito que posso fazer a melhor época da minha carreira.

A tua melhor época a nível de golos foi em 18/19, 10 golos. Achas que vais superar?

De facto, a minha melhor época foi com 10 golos marcados. Já tenho seis e continuo a trabalhar para manter o ritmo. Acredito que posso igualar ou até superar essa marca.

É a tua terceira passagem pela Camacha. O que tens a dizer do clube? Porquê tantas saídas e regressos?

A Camacha, desde o início, sempre me acolheu muito bem e sinto-me em casa. É um clube muito acolhedor, feito de pessoas do bem que querem crescer. Está cada vez mais perto de atingir outros patamares — e merece isso.

Tive duas saídas desde que cá estou. A primeira foi depois do meu primeiro ano aqui: queria experimentar algo diferente e optei por sair. A segunda foi a meio da época passada, por motivos pessoais; entendi que, estando no continente, estaria melhor nessa altura. Mas, em todos os regressos, senti-me sempre da mesma forma: acolhido e querido pelas pessoas daqui.

Vieste para Portugal com 19 anos. Como foi a mudança? Porque decidiste mudar-te?

Vim para Portugal muito novo, em busca de uma oportunidade e de concretizar sonhos através do futebol.

Tinha acabado de sair do Atlético-GO, estava com 19 anos e não tinha muita noção do que fazer sem clube no Brasil. Surgiu esta oportunidade de vir para Portugal e não pensei duas vezes.
No início foi difícil, principalmente por causa do frio, mas consegui adaptar-me bem. Fiz amizades rapidamente e conheci pessoas que levo comigo até hoje.

Quais as diferenças que vês entre o futebol português e o brasileiro?

A principal diferença entre o futebol brasileiro e o português é a intensidade e as questões táticas. Aqui os jogadores tendem a ter mais responsabilidade e a obediência tática faz a diferença.
No Brasil, há menos essa tendência, porque muitas vezes as qualidades individuais sobressaem e o jogo acaba por ser mais ousado.

Já estiveste em vários pontos de Portugal. Qual foi o teu preferido? O que achas da Madeira?

Realmente conheço quase todo o país. O lugar que mais me encantou foi a Ilha da Madeira — é espetacular, gosto muito daqui. O clima tem parecenças com o do Brasil, está quente quase todo o ano, e isso facilitou bastante a adaptação.

O que perspectivas para a época? Fala-se, na Camacha, da subida de divisão?

Minhas perspectivas para a época são continuar trabalhando firme para essa fase continuar e sei que é difícil manter, mas vou trabalhar por mais.As minhas perspetivas para esta época passam por continuar a trabalhar firme para prolongar esta boa fase. Sei que é difícil manter, mas vou lutar por mais.Minhas perspectivas para a época são continuar trabalhando firme para essa fase continuar e sei que é difícil manter, mas vou trabalhar por mais.

Aqui na Camacha falamos sempre do próximo jogo, que é o mais importante. Sabemos que o campeonato é longo e, por isso, pensamos jogo a jogo.

Tens 26 anos. Que sonhos ainda tens para a carreira?

Apesar de ter 26 anos, ainda sonho em chegar a outros patamares no futebol, seja em Portugal ou no estrangeiro. Trabalho todos os dias para, quando essa oportunidade surgir, estar preparado.

A viver um dos melhores momentos da carreira, Gabriel Fraga mostra-se focado, ambicioso e preparado para dar o próximo passo. Com seis golos em seis jogos e um papel decisivo na liderança da Camacha, o avançado brasileiro é hoje uma das figuras em destaque no Campeonato de Portugal. O futuro ainda está em aberto, mas uma coisa é certa: se continuar neste ritmo, os “patamares mais altos” que tanto ambiciona podem estar mais perto do que nunca.

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