
Está a ser um início de época a todo o gás para Gabriel Fraga, avançado e goleador da Camacha, líder da Série A do Campeonato de Portugal. Em entrevista exclusiva ao Craques.pt, o atacante falou da temporada, da saída do Brasil e das diferenças para Portugal, além dos sonhos que tem para a carreira.

Desde 2018 em Portugal, Gabriel Fraga já conheceu vários pontos do país: Leiria com o Nazarenos e o GRAP, Setúbal pelo Montijo, Beja pelo Serpa, Viseu pelo Mortágua, Vila Real pelo Juventude de Pedras Salgadas e, mais recentemente, a Madeira pela Camacha.
Foi a ilha portuguesa que elegeu como o seu lugar preferido no país. Em relação à época, com seis golos em seis jogos, destacou o trabalho diário e não escondeu o sonho de competir noutros patamares em Portugal, como a Liga 2.
Realmente tem sido um bom começo de temporada. A nível pessoal, fico muito feliz por estar a ajudar a equipa com golos e também porque sei que tudo o que tem acontecido é fruto do trabalho diário.
Costumo pensar sempre pelo lado positivo para começar bem. Fico muito feliz por esta fase que está a acontecer, mas também tenho noção de que o mais difícil não é começar bem, é manter esse nível. Por isso, procuro trabalhar com esse pensamento dia após dia.
Começámos bem. Sabemos que é só o início e trabalhamos para manter o melhor nível coletivo.
A nível pessoal, acredito que posso fazer a melhor época da minha carreira.
De facto, a minha melhor época foi com 10 golos marcados. Já tenho seis e continuo a trabalhar para manter o ritmo. Acredito que posso igualar ou até superar essa marca.
A Camacha, desde o início, sempre me acolheu muito bem e sinto-me em casa. É um clube muito acolhedor, feito de pessoas do bem que querem crescer. Está cada vez mais perto de atingir outros patamares — e merece isso.
Tive duas saídas desde que cá estou. A primeira foi depois do meu primeiro ano aqui: queria experimentar algo diferente e optei por sair. A segunda foi a meio da época passada, por motivos pessoais; entendi que, estando no continente, estaria melhor nessa altura. Mas, em todos os regressos, senti-me sempre da mesma forma: acolhido e querido pelas pessoas daqui.
Vim para Portugal muito novo, em busca de uma oportunidade e de concretizar sonhos através do futebol.
Tinha acabado de sair do Atlético-GO, estava com 19 anos e não tinha muita noção do que fazer sem clube no Brasil. Surgiu esta oportunidade de vir para Portugal e não pensei duas vezes.
No início foi difícil, principalmente por causa do frio, mas consegui adaptar-me bem. Fiz amizades rapidamente e conheci pessoas que levo comigo até hoje.
A principal diferença entre o futebol brasileiro e o português é a intensidade e as questões táticas. Aqui os jogadores tendem a ter mais responsabilidade e a obediência tática faz a diferença.
No Brasil, há menos essa tendência, porque muitas vezes as qualidades individuais sobressaem e o jogo acaba por ser mais ousado.
Realmente conheço quase todo o país. O lugar que mais me encantou foi a Ilha da Madeira — é espetacular, gosto muito daqui. O clima tem parecenças com o do Brasil, está quente quase todo o ano, e isso facilitou bastante a adaptação.
Minhas perspectivas para a época são continuar trabalhando firme para essa fase continuar e sei que é difícil manter, mas vou trabalhar por mais.As minhas perspetivas para esta época passam por continuar a trabalhar firme para prolongar esta boa fase. Sei que é difícil manter, mas vou lutar por mais.Minhas perspectivas para a época são continuar trabalhando firme para essa fase continuar e sei que é difícil manter, mas vou trabalhar por mais.
Aqui na Camacha falamos sempre do próximo jogo, que é o mais importante. Sabemos que o campeonato é longo e, por isso, pensamos jogo a jogo.
Apesar de ter 26 anos, ainda sonho em chegar a outros patamares no futebol, seja em Portugal ou no estrangeiro. Trabalho todos os dias para, quando essa oportunidade surgir, estar preparado.






