Depois da conquista do bicampeonato, agora a Taça de Portugal. O Sporting obteve, este domingo, a sétima dobradinha do seu historial ao vencer o Benfica por 3-1, com direito a uma épica reviravolta no marcador e após prolongamento. E Francisco Trincão fechou com chave de ouro – golo e assistência – a final da Taça de Portugal. Consumando, então, uma reviravolta épica em que os leões entraram a perder (Kokçu aos 47′) mas empataram, de penálti, aos 90’+10, por Gyökeres. No prolongamento, deu-se o show Trincão, com o internacional português a assistir Harder para o 1-2 (99′) e a fazer o 1-3, aos 120’+1, após driblar António Silva e desfeitear Samuel Soares. O craque da Taça de Portugal: Trincão fecha com chave de ouro a sua melhor época.
Francisco Trincão conquistou, então a sua primeira Taça de Portugal, depois de ter estado no Jamor na temporada passada, embora aí vendo o FC Porto levantar o troféu. Desta feita, o desfecho foi, então, bem diferente e os leões fizeram a festa, encerrando a época 2024/25 a bater novamente o Benfica. Esta foi a nona ocasião em que ambos os emblemas se encontraram nesta final. O Sporting conseguiu a tão desejada dobradinha, algo que já não festejava desde 2001/02.
Numa época de sacrifício e muito suor, Trincão mereceu rasgados elogios do técnico Rui Borges, no final da partida. “Nós, depois de trabalharmos com os jogadores, ganhamos sensações diferentes. O Trincão sempre foi um grande jogador, continua a sê-lo, fico feliz por ele bater os seus números. Merece-o. Hoje antes do jogo, quando ele ia para o campo, disse-lhe para resolver o jogo porque ele merece o reconhecimento destes grandes jogos, destas finais. Merecia ter esse destaque pela sua qualidade e por tudo o que foi capaz de ir dando à equipa ao longo do tempo”, começou por dizer.
E Rui Borges não escondeu o orgulho por poder contar com um jogador com a craveira do internacional português. “Mesmo com todos os problemas por que passámos, ele nunca vergou, o Trincão esteve lá sempre. Embora cansado, nunca se virou para mim e disse ‘Mister, estou cansado’. Partiu a mão e continuou a jogar, nunca vi aquele rapaz a desacreditar em qualquer momento. Nunca o vi triste por faltar alguém, sempre o vi ligado [conectado com a equipa], é muito inteligente”, explicou.
E acrescentou ainda que o trabalho feito nesta final o deixou orgulhoso: “Deixa-me cheio de orgulho. Não acho que ele sentisse dificuldades com o Carreras, fez o que lhe tinha sido pedido e do outro lado também estava um grande jogador. É dos melhores jogadores em leitura tática e essa é que é a grande diferença. Tecnicamente é acima da média, por isso é que já esteve no Barcelona. Consegue aliar a parte técnica com a parte competitiva de cada jogo. Não tenho dúvidas de que terá um futuro fantástico.”
Francisco Trincão obteve, então, o seu quinto troféu ao serviço de clubes: antes, já levantara duas taças de campeão nacional (23/24 e 24/25), uma Taça da Liga (2019/20, pelo SC Braga) e ainda uma Taça do Rei (2020/21, pelo Barcelona). Junta-lhes, ainda, o Campeonato da Europa sub-19 conquistado ao serviço da Seleção de Portugal, prova onde foi o melhor marcador e assistente.
O extremo natural de Viana do Castelo fecha, então, esta temporada apresentando os melhores números da sua carreira. Com 55 jogos, esta foi a época em que somou maior número de partidas, somando 4.682 minutos, com um total de 11 golos e 17 assistências. Acrescem ainda mais 3 jogos, 72 minutos e dois golos pela Seleção Nacional, para onde está novamente convocado, tendo em vista a Final Four da Liga das Nações.