Tiago Ribeiro, sócio da agência Flash Forward Group, acompanhou de perto uma das movimentações mais comentadas do mercado nacional recente: a saída de Marcos Leonardo do Benfica para o Al Hilal, por 40 milhões de euros. O avançado brasileiro, que brilhou ao eliminar o Manchester City nos oitavos-de-final do Mundial de Clubes com dois golos decisivos, revela-se, então, uma aposta ganha do clube saudita. Tiago Ribeiro: “Estou feliz por ter ajudado o Marcos Leonardo a assinar pelo Al Hilal. Falei com os dirigentes do Al Hilal logo após o jogo. Felicitei‑os por eliminarem o Manchester City. Foi incrível!”
Apesar de não ser o agente do jogador, Tiago foi responsável pela intermediação da transferência. “Foi a única operação que fiz com o Marcos Leonardo, numa parceria com a Dodici Sports, a agência dele”, esclarece. A relação com os representantes do atleta facilitou o processo, que teve, então, como ponto de partida a vontade do Al Hilal de reforçar a posição com um jovem talento estrangeiro: “No Benfica, ele tinha algum destaque, mas não era titular absoluto. O Al Hilal tinha uma vaga para estrangeiros sub‑23 e via nele uma solução com muito potencial.”
A negociação com o clube português não foi simples. “Foi uma operação complexa, como todas as que envolvem jogadores e clubes desta dimensão, mas foi bastante correta e tudo acabou por dar certo”, explica Tiago Ribeiro. O próprio Marcos Leonardo mostrou-se agradado com a mudança. “O jogador achou que podia ser interessante e aceitou as condições que o Al Hilal ofereceu, especialmente as financeiras.” Desde então, o rendimento de Marcos Leonardo fala por si. “Está a ser muito bem sucedido. Acho que tem de ficar no clube”, afirma o empresário.
Tiago acredita, então, que o clube saudita vai oferecer ao avançado um contexto ideal para crescer, especialmente com o objetivo claro de conquistar a Liga dos Campeões da Ásia. “A tendência é o Marcos ficar e consolidar-se na equipa. Ele tem mostrado que pode ser decisivo”, considera.
Para quem foi, entre 2010 e 2015, presidente da SAD do Estoril, o desempenho de Marcos Leonardo reflete, então, o bom momento do futebol brasileiro no cenário internacional. “Foi muito bom para o futebol brasileiro ter as quatro equipas no Mundial a passar aos oitavos-de-final, mesmo que não esteja numa fase tão positiva. É motivo de orgulho.”
Em exclusivo ao Craques, Tiago Ribeiro elogia ainda a postura das equipas brasileiras. “Mostraram-se bastante fortes e competitivas, mesmo com o habitual complexo de “vira-lata” (inferioridade) diante das potências desportivas. Conseguiram mostrar que conseguem disputar todos os jogos”, acrescentou.
Sobre o duelo entre Al Hilal e Fluminense nos ‘quartos’, Tiago mostra, então, respeito pelos cariocas, apesar de ser adepto do Palmeiras. “O Fluminense tem uma equipa muito organizada, especialmente na defesa. Vai ser um jogo muito difícil.” Ainda assim, vê, então, a equipa saudita com mais argumentos do que o último adversário dos tricolores: “Para mim, o Al Hilal está melhor do que o Inter de Milão. A entrada do Simone Inzaghi foi boa e o trabalho feito pelo Jorge Jesus foi mantido. A qualidade da equipa manteve-se.”
A influência de Jorge Jesus no crescimento do Al Hilal e de Marcos Leonardo é, então, um ponto central na análise de Tiago Ribeiro. “O Jorge Jesus é um treinador de extrema capacidade e sabe fazer crescer os jogadores. Foi fundamental para a adaptação e crescimento do Marcos no Al Hilal.” Com Simone Inzaghi agora ao leme, o empresário acredita na continuidade do sucesso: “Quando há talento e um treinador deste nível, a tendência é que os jogadores continuem a crescer.”
Apesar do assédio esperado por parte de clubes europeus após o Mundial, Tiago defende, então, que Marcos Leonardo deve permanecer. “Os destaques fora da Europa vão naturalmente atrair atenção, mas o Al Hilal é um bom projeto e ele tem condições para consolidar-se ainda mais.” Tiago Ribeiro conclui, orgulhoso pelo negócio que ajudou a concretizar: “Estou feliz por ter feito parte da operação do Marcos Leonardo para o Al Hilal.”