No Sport Grupo Sacavenense, a temporada em que Iaquinta assinou 30 golos transformou cada jogo numa promessa de festejos nas bancadas. A capacidade de finalização do avançado nascido na Guiné-Bissau não só encantou os olhos dos adeptos, como também se revelou crucial para as ambições da equipa. A formação comandada por António Ilhicas lutou até onde pôde pelo primeiro lugar mas a época de ouro do matador de Sacavém não impediu a subida de divisão do campeão Oriental.
Este registo impressionante – 28 golos no campeonato e 2 na Taça AF Lisboa – não foi, então, obra do acaso, mas sim o resultado de uma forma física assinalável e de uma simbiose perfeita com a equipa. Ao ponto de Iaquinta considerar que este o “melhor balneário” que integrou.
Iaquinta, de seu nome Malam Fati, viveu, então, em 2024/25 a “melhor fase” da sua carreira, evidenciada em números que falam por si. Com 30 golos apontados em 30 jogos, a estatística de um golo por partida é o reflexo de um jogador que acumula não só técnica, mas também uma superior preparação física e mental.
Ao sentir-se “fisicamente muito melhor do que em qualquer outra temporada”, o avançado aproveitou, então, cada minuto em campo. E os golos passaram a surgir com naturalidade. Iaquinta recorda que, para alcançar esta marca, foi fundamental a consistência da equipa e as oportunidades que surgiram, além da ausência de lesões. “Para ter muitos golos é preciso ter minutos e oportunidades – que não tive nos outros anos, mas este ano sim. Só não joguei duas vezes esta época e não foram devido a lesão. Uma deveu-se a acumulação de amarelos e outra por doença”, explicou, em entrevista ao Craques.pt.
E, curiosamente, a uma jornada do fim da 1ª Divisão da AF Lisboa, o avançado atravessa a sua melhor fase da época. Leva seis jogos seguidos a marcar, nos quais fez… 10 golos. Na última partida, diante do Eiceirense, fez um hat-trick, o terceiro da temporada, embora não tenha evitado o empate caseiro (3-3).
Os 28 golos apontados no campeonato contribuíram para 20 dos 54 pontos conquistados pelo Sacavenense esta época, que permitem ao clube estar em 3º lugar, a 3 pontos do Atl. Malveira e a 16 do já campeão e promovido Oriental.
Considerando estar a fazer “a melhor época da carreira“, Iaquinta sublinha que esta foi a “melhor época em tudo: sem lesões, com golos e muitos minutos.” A “marca notável” de 30 golos para um avançado cujos melhores registos haviam sido os… 9 golos feitos em 2021/22 (Serpa) e 2023/24 (Sacavenense) são prova disso.
O matador de Sacavém não se cansou de referir o sentimento que tem pelo Sacavenense, embora não tenha sido alcançado o objetivo coletivo desta temporada. Iaquinta admitiu ter existido “interesse de outros clubes”, além de “propostas de equipas do Campeonato de Portugal”. Mas como esteve sempre “comprometido com o clube” e não é pessoa de “voltar atrás com a palavra”, ficou no clube da zona oriental de Lisboa, para onde regressou há duas épocas.
“A minha intenção é continuar no Sacavenense. É um clube que amo muito e que sinto felicidade em jogar. Ninguém sabe o futuro, mas sinto que esta é a minha casa. Sei a minha importância no clube e sei o quanto os adeptos gostam de mim”, concluiu o goleador.