
As rivalidades futebolísticas trazem, por vezes, momentos caricatos e difíceis de classificar. Foi o que aconteceu em Génova, cidade bem conhecida do futebol italiano pela imensa rivalidade que existe entre os dois maiores clubes locais. Os quais até partilham o Estádio Luigis Ferraris: Génova e Sampdoria. E esta 4ª feira, após verem consumada a descida à Serie C (3º escalão do futebol italiano) da eterna rival, os adeptos do Génova fizeram o funeral à Sampdoria. Transportaram um caixão com o emblema do clube, fizeram um minuto de silêncio e entoaram cânticos de alegria.
A Sampdoria, clube que ganhou a Taça das Taças em 1989/90 e até marcou presença na final de 1991/92 – última época do antigo formato da prova, antes de começar a Champions League -, acabando por perdê-la por 1-0 para o Barcelona, com golo de Ronald Koeman. A equipa que deu a conhecer ao Mundo nomes como Roberto Mancini, Gianluca Vialli, Pagliuca ou ainda Attilio Lombardo caiu, com estrondo, na 3ª divisão.
E os adeptos do Génova não se esqueceram, então, do que os rivais da Sampdoria fizeram quando o clube onde jogou Miguel Veloso ou Eduardo desceu à Serie B em 1994/95 e, mais tarde, em 2021/22. E o que foi? Precisamente. Os fãs da Sampdoria organizaram um ritual fúnebre, com um minuto de silêncio, em que celebraram a queda do eterno rival. Agora tiveram a resposta na mesma moeda, sendo que aqui a dor é maior, porque a Sampdoria nunca disputou a Serie C.
Com uma época para esquecer a todos os níveis, a Samdoria só conseguiu, então, ganhar 8 de 38 jogos, acabando o campeonato a 1 ponto dos lugares que lhe dariam o playoff de permanência. Na última jornada, o nulo em casa do também aflito Juve Stabia, deixou a ‘Samp’ afogada numa profunda tristeza.
O clube teve 4 treinadores esta época e foi igualmente eliminado da Taça de Itália nos ‘oitavos’ diante da Roma. Nem a chegada do ídolo Roberto Mancini, em janeiro, para consultor geral, foi suficiente para evitar uma ‘catástrofe’, como classifica a imprensa de Génova.

No meio da desilusão total, a única alegria da época foi, então, a eliminação do eterno rival Génova da Taça de Itália, nos 16 avos-de-final da prova. Mas ontem já começou a nova vida da velhinha Sampdoria.






