Manuel Machado: “Botelho da Costa é o grande responsável por este arranque do Moreirense”

CraquesCraquesFutebol3 horas atrás4 Visualizações

O técnico que estreou o clube de Moreira de Cónegos na Liga, em 2002/03, considera que o jovem treinador encontrou o contexto ideal para continuar a crescer. Elogiou ainda a estabilidade e a seriedade do Moreirense. Ainda assim, prefere esperar pelo primeiro terço da Liga para a análise ter uma base mais consistente.

Vasco Botelho da Costa chegou à Liga Portugal e, na sua época de estreia, já guiou o Moreirense ao seu melhor arranque de sempre, com três vitórias a abrir. E o Craques foi, então, falar com Manuel Machado, treinador histórico dos cónegos que subiu o clube pela primeira vez à Liga em 2001/02 e o fez estrear-se entre os grandes em 2002/03. Para o experiente técnico, de 69 anos, o trabalho de Vasco Botelho da Costa só merece elogios. “O que está para trás é um trabalho incrível. Tenho o máximo respeito por quem constrói o seu trajeto passo a passo e não apareceu num patamar alto por efeitos mágicos”, diz. Manuel Machado: “Botelho da Costa é o grande responsável por este arranque do Moreirense.”

Para Manuel Machado, a estabilidade proporcionada pelo clube é benéfica ao novo treinador. E embora a entrada tenha sido histórica, o técnico prefere esperar mais algum tempo para fazer uma análise mais sustentada. “Estamos a falar de três jornadas, é uma amostra muito pequena. Ainda assim, entrar a ganhar eleva a confiança, ajuda a estabilizar processos e leva os jogadores a aumentar a crença no trabalho desenvolvido pela equipa técnica. Mas vamos esperar, talvez, pelo primeiro terço do campeonato para podermos perceber até onde é que esta equipa pode chegar”, confessa.

Estabilidade do plantel é um dos segredos

O Moreirense optou por não operar uma revolução no plantel, ao contrário de muitos outros clubes da Liga Portugal. E aí estará, para Manuel Machado, um dos segredos desta entrada vitoriosa no campeonato. “Alguns setores não sofreram mudanças e isso é sempre benéfico pois os jogadores já se conhecem. Por exemplo, a dupla de centrais é a mesma da época passada (Marcelo/Maracás) e no meio-campo há vários elementos já de outras épocas”, explica.

Manuel Machado estreou o Moreirense na Primeira Liga em 2002/03

Manuel Machado, que orientou o Moreirense entre 2000 e 2004 e haveria de voltar ao clube em 2017/18, viu os jogos frente a Santa Clara e Vitória SC e gostou: “No jogo com o Vitória SC, embora este tenha estado por cima na 1ª parte, quebrou após o intervalo e o Moreirense soube aproveitar na 2ª parte. Fez dois golos e comandou a partida. Os níveis de confiança da equipa estão lá em cima.”

Elogios ao clube de Moreira de Cónegos

Para Manuel Machado, o técnico Vasco Botelho da Costa tem sabido, então, escolher os melhores contextos para evoluir. “A carreira dos treinadores faz-se muito dos contextos que escolhem para trabalhar. E este treinador tem escolhido bem o seu caminho. O Moreirense sempre foi um clube estável, cumpridor para com quem lá trabalha, e hoje já tem o seu complexo desportivo em fase adiantada de construção. Nada a ver com o que se passava na minha altura, logicamente, em que tínhamos o campo e um pelado para trabalhar (risos). Houve uma evolução natural e ainda bem que assim é”, acrescenta o técnico.

Por isso, a conclusão é simples. “O Vasco foi construindo o seu sucesso em cima de vitórias e bons trabalhos. E no Moreirense, estão reunidas todas as condições para que assim continue. Espero que seja uma boa época para todos no clube”, disse, em tom de mensagem para o Moreirense, através do Craques.

Muito perto da Europa

Aos 69 anos, Manuel Machado ainda não está retirado do futebol, mas, após 40 épocas de experiência, espera por algum convite que possa surgir. E não deixa de recordar o legado que deixou em Moreira de Cónegos. “O clube teve épocas em que desceu, mas outras em que só não foi à Europa porque tal meta não fazia parte da política desportiva do seu presidente. Com o Ivo Vieira [2018/19] e até comigo, na 2ª época [2003/04], ficámos muito perto da Europa, mas o presidente entendia que o clube não tinha dimensão para disputar as provas europeias”, explicou.

Quanto ao futuro, tudo é possível. “Continuo a ter paixão e estou disponível. Mas não movo influências para isso acontecer. Se me quiserem, venham bater-me à porta que conversamos (risos)”, diz, a finalizar a conversa com o Craques.

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