O Real Madrid-Juventus, dos oitavos-de-final do Mundial de Clubes, acarreta um significado extra para além de uma partida a eliminar. Cristiano Ronaldo foi craque dos dois lados e fez história em ambos os clubes. Com papéis diferentes, mas com a mesma sede de vencer, o português foi multicampeão em Espanha e Itália. Hoje, está em jogo, então, um apetecível lugar nos quartos-de-final, mas os fãs de Cristiano Ronaldo vão ver muito mais além disso. O passado de Cristiano em disputa pelos quartos deste Mundial de Clubes, onde as surpresas já deixaram de ser novidade.
Cristiano Ronaldo chegou ao Real Madrid em 2009, numa transferência que, na altura, foi a mais cara da história do futebol: 94 milhões de euros. Durante as suas nove temporadas no clube merengue, Ronaldo redefiniu o conceito de goleador à sua maneira, tornando-se o maior marcador da história do Real Madrid, com impressionantes 450 golos em 438 jogos.
A sua passagem foi coroada com uma vasta coleção de títulos, incluindo quatro Ligas dos Campeões, duas La Ligas, duas Taças do Rei, e três Mundiais de Clubes, somando, também, quatro Bolas de Ouro. Estes dados, e outros tantos, no Real Madrid solidificaram, então, o seu estatuto como uma lenda do clube e do futebol. E recorde-se que foi num Juventus-Real Madrid que Cristiano Ronaldo marcou o “melhor golo da carreira”, segundo o próprio. Foi em Turim que marcou o golaço de bicicleta que ficou para a eternidade e mereceu aplausos dos adeptos do Real Madrid e, principalmente, da Juventus.
Em 2018, Cristiano Ronaldo trocou, então, Madrid por Turim, numa transferência que custou 100 milhões de euros aos cofres da Juventus. A sua chegada à Serie A italiana gerou uma enorme expectativa, com o objetivo principal de ajudar a Vecchia Signora a conquistar a tão desejada Liga dos Campeões. Embora esse objetivo não tenha sido alcançado, Ronaldo continuou, então, a demonstrar a sua capacidade goleadora. Apontou 101 golos em 134 jogos pela Juventus.
Durante a sua estadia em Itália, CR7 conquistou dois títulos da Série A, uma Taça de Itália e duas Supertaças de Itália. A sua passagem pela Juventus, embora mais curta, foi igualmente impactante, mostrando, mais uma vez, a sua capacidade de adaptação a contextos diferentes, com uma característica própria de Ronaldo: uma fome insaciável de golos.
Real Madrid e Juventus, ambos com um passado glorioso e um presente de destaque, encontram-se nos oitavos-de-final, num jogo de tudo ou nada. Este é um confronto direto, onde a derrota significa a eliminação imediata da competição. A expectativa é de um jogo intenso, taticamente disputado e com momentos de brilhantismo individual, à altura da história e do prestígio de ambos os clubes.
O Real Madrid, mesmo que num grupo teoricamente mais equilibrado, conseguiu fazer uma fase de grupos melhor do que a Juventus. O único deslize dos merengues foi um empate no jogo com o Al Hilal. Por outro lado, a Juventus, que cumpriu frente ao Wydad e Al Ain, perdeu 5-2 na última jornada frente ao Manchester City. O favoritismo está, então, do lado do Real Madrid. Os comandados de Xabi Alonso apresentaram melhorias de jogo para jogo e estão cada vez mais coesos. Especialmente os reforços Dean Huijsen e Trent Alexander Arnold, que se têm mostrado, então, num grande nível.
Real Madrid – Cortouis; Trent Alexander Arnold, Dean Huijsen, Rudiger e Fran Garcia; Tchouméni, Bellingham, Valverde e Arda Guler; Vinícius Junior e Gonzalo Garcia.
Juventus – Di Gregorio; Alberto Costa, Savona, Kelly, Kalulu e Cambiaso; Thuram e McKennie; Yildiz, Kolo Muani e Francisco Conceição.