Rui Alexandre: “A Cascais Volley4all já é uma referência na Associação de Voleibol de Lisboa”

CraquesCraquesVoleibol3 semanas atrás86 Visualizações

Academia de voleibol feminino nasceu em 2013 e tem feito um percurso de excelência na formação, onde já ganhou vários campeonatos. De há três anos para cá, Rui Alexandre resolveu criar e estabilizar o Cascais Volley Cup. Um evento que tem ajudado o clube a crescer e a sonhar com o tão desejado Centro de Alto Rendimento.

A 3ª edição do Cascais Volley Cup 2025 revelou-se, mais uma vez, um autêntico sucesso para a Cascais Volley4all, clube de voleibol feminino que nasceu em 2013, pelas mãos de Rui Alexandre e Luís Giraldes. O clube de voleibol feminino tem feito um trajeto ascendente desde então e organiza também o maior torneio de voleibol feminino a sul do país que este ano voltou a bater recordes. Tudo com a meta de um dia ter instalações próprias de forma a conseguir reter os seus maiores talentos. Pelo menos a reputação já lhe é conhecida e o Craques foi conhecer melhor o Cascais Volley4all. Rui Alexandre: “A Cascais Volley4all já é uma referência na Associação de Voleibol de Lisboa.”

Rui Alexandre foi profissional de voleibol e, mais tarde, professor de Educação Física. Abandonou, então, a carreira docente há 15 anos e começou a trabalhar em clubes como treinador e dirigente. Mas em 2013 tudo mudou.

“Tornei-me sócio fundador da Academia Cascais Volley4all com o professor Luís Giraldes e criámos este clube de voleibol feminino. E feminino porque só para as meninas é que o voleibol é uma primeira opção. Gostaríamos de ter também masculinos, mas para os rapazes, o voleibol só interessa para quem já não serviu para o futebol, futsal, andebol e por aí fora. O voleibol é o desporto coletivo feminino por excelência”, indica.

E assim nasce o Cascais Volley Cup

Desde 2013 que a Cascais Volley4all tem, então, crescido, participado em torneios e… conquistado campeonatos. “Somos dos poucos clubes que vão lá fora jogar e ganhar torneios. Ultimamente, fomos campeões nacionais em juvenis e juniores A, vice-campeões nacionais em cadetes e vice-campeões regionais nos seniores. O nosso primeiro troféu foi em 2017”, avisa.

Ainda assim, a necessidade de alugar pavilhões para os treinos e jogos das mais diversas equipas levou a Cascais Volley4all a encontrar uma alternativa que lhe permitisse pensar em construir as próprias instalações. A aposta foi pensada e executada de imediato. “Fizemos um levantamento dos torneios de voleibol no país e abaixo de Coimbra não havia nada. O que é que os locais onde se realizam os eventos de voleibol desta natureza, têm a mais do que Lisboa/Cascais? O que é que falta a Sul para termos um evento que seja uma referência em Portugal e no Sul da Europa? E vimos logo aqui uma oportunidade. Porque no nosso torneio, as equipas vêm cá jogar, mas depois ficam livres para fazerem o que quiserem em Cascais, Lisboa ou na Margem Sul. Estamos a vender voleibol, mas também uma pitada de turismo também, claro”, reconhece.

E os números são, então, bem reveladores do crescimento do Cascais Volley Cup. “Temos tido um crescimento incrível e este torneio já é um dos maiores do país. O torneio foi criado antes do Covid, mas depois parou tudo. Retomámos em 2023 e a evolução é sensacional. Em 2023 tivemos 8 equipas e 116 atletas a participar em 18 jogos. Em 2024, o número subiu para 21 equipas e 220 atletas, 64 jogos. Mas este ano disparou por completo: 47 equipas de 4 países diferentes, cerca de 600 atletas e 140 jogos. Fechei as inscrições três meses antes do início do torneio (9 a 13 de julho) e depois disso ainda tive cerca de 15 equipas a pedir para participar, mas era impossível. Já tinha esgotado tudo a nível de estadia”, conta o responsável da academia.

Crescimento já merece um apoio mais sólido

Ao ponto de, em setembro, o clube ter marcada uma reunião com a Câmara Municipal de Cascais para preparar o Cascais Volley Cup de 2026. “A verdade é que a perspetiva para o próximo ano é que tenhamos cerca de 80 a 90 equipas. A nível de atletas deverá passar dos 600 para cerca de 1.400. E aqui vamos precisar da ajuda da Câmara de Cascais. Queremos saber se isto é para escalar ou estabilizar. Depende das condições que nos proporcionarem”, explica Rui Alexandre.

O torneio deste ano contou com a participação de 47 equipas e perto de 600 atletas

O Cascais Volley Cup é, cada vez mais, um torneio de referência no país porque, para além da elevada participação de clubes de voleibol feminino, toda a estrutura merece aplausos.

“Temos também arbitragens oficiais. Justifica, por isso, um investimento avultado, mas também traz credibilidade ao torneio e evita outro tipo de problemas associados a vermos jovens menores, como já vi, a arbitrar jogos”, conta o sócio fundador do Cascais Volley4all.

Saída de jogadoras merece reparo à Federação de Voleibol

O grande objetivo deste clube de voleibol feminino está identificado e a Cascais Volley4all fica muito mais perto de concretizar a construção do seu Centro de Treinos de Alto rendimento. Mais do que um sonho, é atualmente uma necessidade que a Cascais Volley4all tem apalavrada com o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Nuno Piteira Lopes. Assim, em 2024 ficou apalavrada a cedência de meio hectare de terreno no concelho de Cascais em local a definir para a construção da referida infraestrutura, cujo caderno de encargos será da responsabilidade da Cascais Volley4all.

O Cascais Volley Cup já conta com a participação de algumas equipas internacionais

A verdade é que todos os anos, a equipa de voleibol de juniores da Cascais Volley4all sofre, então, uma razia. Na época passada, saíram quatro jogadoras para o Benfica, duas delas que se fixaram na equipa sénior das encarnadas que esta época se sagrou campeã nacional… 50 anos depois. Falamos, então, das gémeas Joana Garcês e Mariana Garcês.

E, neste caso específico, Rui Alexandre faz um reparo à Federação Portuguesa de Voleibol. “Estas saídas avulsas mereciam ter aqui algum tipo de travão por parte da Federação. Porque estamos a formar para depois outros clubes aproveitarem o nosso trabalho a custo zero. Até aceito que se sair uma jogadora, não se pague nada. Mas a partir da segunda atleta contratada, devia haver um custo porque clubes como nós, ou o Madeira Torres, por exemplo, se perdem 4 ou 5 jogadoras, ficamos impossibilitados de regenerar a equipa”, avisa o responsável.

Centro de Alto Rendimento vai propiciar crescimento

O dirigente Rui Alexandre está ciente de que o Cascais Volley Dome pode, então, ajudar o clube a reter talentos e a crescer de forma definitiva. “Convém termos a noção que a Cascais Volley4all possui apenas 1 campo de voleibol com as medidas regulamentares num pavilhão escolar, sem bancadas, sem balneários, devoluto e muito degradado, cedido pela CM Cascais à Associação há 12 anos e onde nos primeiros 8 anos ainda tinha um custo mensal de 500/600 euros. Foi nestas condições que fizemos o impensável, que nos tornamos o que somos hoje, que colocamos o nome de Cascais no mapa do voleibol nacional e que desenvolvemos o maior torneio de voleibol de Lisboa”, explica o antigo professor de Educação Física.

Eis a planta do Centro de Alto Rendimento que já está aprovado para avançar em breve

Com o Centro de Alto Rendimento, a história será outra. “Em dois, três anos estará concluído, graças ao Cascais Volley Cup. Já há uma marca interessada em comprar o naming do torneio em 2026 e estamos a negociar. E com o Centro de Alto Rendimento, para além de termos campos suficientes para treinos e jogos, podemos passar a organizar Campos de Férias, fazer estágios com outras equipas, ateliers de tempos livres… podemos fazer um sem número de iniciativas diferentes”, explica.

E que outros sonhos tem, então, Rui Alexandre? “Além do Centro de Alto Rendimento? Gostava um dia de ver a Cascais Volley4all ganhar um troféu no voleibol sénior feminino, mas temos de ter os pés assentes no chão. Um projeto de cada vez. E o Cascais Volley Dome já será o nosso maior sonho para podermos continuar a voar…” Tal como o lema da Cascais Volley4all diz: “Nós acreditamos que podes voar.”

Rui Alexandre: “A Cascais Volley4all já é uma referência na Associação de Voleibol de Lisboa”

Deixar uma resposta

Artigo Anterior

Artigo Seguinte

Segue-nos
  • X
  • Craques Youtube
  • Craques Instagram

Fique Informado com as Últimas e Mais Importantes Notícias

Autorizo a receção da newsletter por correio eletrónico. Para mais informações, consulte a nossa Política de privacidade

Segue-nos
Barra Lateral Pesquisar Tendência
Popular
Loading

Signing-in 3 seconds...

Signing-up 3 seconds...