Marítimo: Da Europa à luta na segunda divisão

CraquesCraquesHistóricos em Crise3 meses atrás201 Visualizações

O Marítimo, histórico clube madeirense, vive tempos difíceis após décadas de glória. Depois de 38 anos consecutivos na elite do futebol português, os verde-rubros lutam agora para regressar ao convívio dos grandes. O “Maior das Ilhas” chegou a ser vencedor do Campeonato de Portugal, em 1926.

Fundado a 20 de setembro de 1910, o Club Sport Marítimo nasceu ligado ao mar e aos que dele tiravam sustento. Adotando as cores do Partido Republicano Português, o clube cresceu como símbolo de progresso e liberdade, conquistando rapidamente o coração dos madeirenses. A história do “Leão do Almirante Reis” é marcada por conquistas que o elevaram ao estatuto de maior clube das ilhas portuguesas. Em 1925/26, o Marítimo sagrou-se, então, campeão de Portugal após bater o FC Porto nas meias-finais, por 7-1, e depois o Belenenses na final por 2-0. Nas décadas seguintes, mesmo impedido de participar nas competições nacionais, assim como todos os clubes insulares, o Marítimo dominou o panorama regional com 12 títulos consecutivos do Campeonato da Madeira entre 1944 e 1956. Este é mais um Históricos em Crise. Marítimo: Da Europa à luta na segunda divisão.

Adeptos maritimistas só descansam quando voltarem a ver o Marítimo jogar na 1ª Liga

O regresso e as glórias nacionais

O regresso às competições nacionais em 1973 marcou o início de uma nova era. Desde então, o Marítimo participou 43 vezes na Primeira Liga, sendo, atualmente, a oitava equipa com mais presenças no mais alto escalão do futebol português. O Marítimo alcançou duas finais da Taça de Portugal, embora não tenha ganho em nenhuma ocasião.

A primeira vez no Jamor foi frente ao Sporting, em 1995, e o carrasco dos maritimistas foi o búlgaro Iordanov, que marcou os dois golos do 2-0. Na altura, o treinador era Paulo Autuori. A história repetiu-se em 2001, então sob o comando de Nelo Vingada. O Marítimo perdeu frente ao FC Porto, por 2-0 – golos de Pena e Alenichev. A história do ‘Maior das Ilhas’ também inclui uma final da Taça da Liga, em 2014/15, onde também saiu derrotado frente ao Benfica, por 2-1. Dessa vez, os insulares chegaram a marcar primeiro, por João Diogo. Mas os golos encarnados, de Jonas e Ola John, acabaram com as esperanças verde-rubras. O Marítimo conquistou ainda, por duas vezes, a antiga II Divisão, em 1976/77 e 1981/82.

Caminho marítimo para a Europa

As participações europeias são ainda um motivo de orgulho para os adeptos. O clube insular disputou a Taça UEFA/Liga Europa, enfrentando gigantes como Juventus (1994), Leeds United (2001), Rangers (2004) ou Valencia (2008). Mas o ponto alto foi atingido na temporada 2012/13, quando o Marítimo de Pedro Martins se qualificou pela primeira vez para a fase de grupos da Liga Europa, somando uma vitória e três empates. Nesse ano, a equipa brilhou na Europa venceu em casa o Club Brugge, empatou duas vezes com o Newcastle e outra, nos Barreiros, diante do Bordéus.

Marítimo defrontou Newcastle nas competições europeias

As figuras que fizeram história

Ao longo da sua história, o Marítimo contou com jogadores e treinadores que elevaram o nome do clube. Nos anos 20, José Ramos e Pinga tornaram-se os primeiros madeirenses a representar a Seleção Portuguesa. Mais recentemente, os jogadores que tiveram mais destaque, não só a jogar nos Barreiros, foram: Fernando Santos (antigo selecionador nacional), Alex Bunbury, Pepe, Nuno Valente, Jorge Costa, Danny, Tarik Sektioui, Illian Illiev ou Edmilson.

Pepe chegou a vestir a camisola do Marítimo durante 3 épocas

No banco, Pedro Martins construiu um projeto sólido que levou o clube à Liga Europa, proporcionando aos adeptos a experiência de ver o Marítimo jogar em palcos como o St. James’s Park, do Newcastle.

A crise atual

Hoje, o Marítimo vive tempos difíceis. Após a descida à Segunda Liga, consumada na temporada 2022/23, o clube luta, então, para regressar à elite. Com 43 pontos na atual temporada, os verde-rubros terminaram a Liga 2 bem longe do objetivo de promoção.

A recente saída do treinador Ivo Vieira aumenta a incerteza num clube que já foi presença assídua nas posições cimeiras da Primeira Liga. Para os mais de 12.000 sócios, resta a esperança de que o “Maior das Ilhas” recupere, então, o seu lugar entre os grandes do futebol português. Marítimo: Da Europa à luta na segunda divisão.

Estádio dos Barreiros fica na chamada Pérola do Atlântico

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