D. Enzo III: o recuperador

CraquesCraquesFutebol1 mês atrás162 Visualizações

Enzo… Barrenechea. É o terceiro na linhagem dos Enzo no miolo do plantel do Benfica. Os dois primeiros deixaram saudade entre os adeptos encarnados. O que esperar desta vez? D. Enzo III, o recuperador está a começar um novo capítulo no reino da águia… mas inevitavelmente terá de saber viver com as comparações relativamente aos seus antecessores.

O Benfica tem uma longa tradição de acolher jogadores argentinos de grande qualidade. Entre os que partilham não apenas a nacionalidade, mas também o nome, destacam-se Enzo Pérez, Enzo Fernández e o recém-chegado Enzo Barrenechea. Embora se tenham destacado com atuações na mesma zona do terreno, os três médios possuem características e trajetórias distintas.

D. Enzo I

De 2011 a 2015, Enzo Pérez fez 117 jogos no Benfica.

Enzo Pérez chegou à Luz em 2011, proveniente do Estudiantes de La Plata, onde era uma das grandes figuras. Chegou como médio-ala, jogando preferencialmente pela direita. Mas não se adaptou. Nem ao estilo de jogo de Jorge Jesus, nem a Lisboa. Seis meses depois voltou, por empréstimo, ao Estudiantes. Mas não desistiu. Nem ele do Benfica, determinado, então, em convencer e fazer carreira na Europa, nem o Benfica dele. No final de um treino na pré-época 2012/13, Jesus chamou-o à parte: “Vais mudar o teu estilo de jogo e vou fazer de ti um craque”, disse-lhe, então.

O resto é história. A partir daí destacou-se, então, como um médio versátil, capaz de atuar como organizador ou como elemento de transição. Foi peça fundamental no meio-campo de Jorge Jesus, ficou conhecido pela sua inteligência tática, capacidade de passe e equilíbrio entre tarefas defensivas e ofensivas. 117 jogos realizados, com dez golos marcados e 13 assistências fizeram dele um jogador que valeu encaixe de 25 milhões de euros, pagos pelo Valência, da Liga espanhola, em Janeiro de 2015.

D. Enzo II

A transferência mais cara da Premier League foi Enzo Fernández, em janeiro de 2023.

Embora tenha passado apenas meia época no Benfica (2022/23), comprado, então, ao River Plate, demonstrou qualidades de médio moderno. Com excelente visão de jogo, chegada à área e capacidade de decisão, destacou-se rapidamente sob o comando de Roger Schmidt. Bastaram-lhe 29 jogos, quatro golos e seis assistências para a Europa ficar surpreendida com a sua irreverência.

Chamado à seleção da Argentina para o Mundial do Catar, onde foi uma das figuras do campeão do mundo, voltou já convencido a mudar-se para o Chelsea com um contrato milionário, com os londrinos a pagarem a cláusula de rescisão de 120 milhões de euros.

D. Enzo III

O novo reforço do Benfica, Enzo Barrenchea, jogou no Valencia na última época.

Verdade que apresenta um perfil distinto dos seus, então, antecessores: assume funções mais defensivas, impondo-se pela forte presença física, mais voltado para tarefas de destruição de jogo, cobertura defensiva e recuperação de bola, daí D. Enzo III, o recuperador. É menos ofensivo, tendo a responsabilidade de impor estabilidade ao setor intermédio encarnado. Antes de chegar ao Benfica, passou por Newell’s Old Boys, Sion, Juventus, Frosinone e Valencia, acumulando mais de 120 partidas profissionais em Itália e Espanha, onde foi um dos destaques em Valência na temporada passada. Chega para concorrer com Florentino, dono do meio-campo encarnado quase em exclusivo nas duas últimas temporadas.

A entrada do novo Enzo ao plantel de Bruno Lage abre uma nova página nesta curiosa coincidência, mostrando que, no Benfica, o nome Enzo continua a ser sinónimo de qualidade e potencial para o meio-campo.

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