
Isabel Osório, figura experiente no futebol feminino português, e internacional A 11 vezes, partilha a sua visão sobre o Estágio da Jogadora. Esta iniciativa do Sindicato dos Jogadores oferece um contexto de treino e desenvolvimento para atletas sem clube, reforçando o compromisso com o crescimento e profissionalização da modalidade em Portugal. Isabel Osório: “Elas estão a escrever a história agora”.
Isabel Osório, de 40 anos, explica que o principal desafio do Estágio da Jogadora é ajustar-se ao número de jogadoras e proporcionar um treino adequado que potencie as suas qualidades. “Primeiro, tenho de me ajustar ao número de jogadoras que me aparecem”, revela. O foco é “planear e dar contextos ricos, para potenciarem as capacidades e qualidades enquanto futebolistas”, independentemente das jogadoras já terem ou não clube.

O desafio de treinar um grupo heterogéneo é constante. Osório adapta os treinos ao número de atletas, priorizando o jogo e situações de competição. “Entendo que o futebol tem de ter jogo e situações de competição, por isso os meus treinos são muito à base do jogo”, explica.
Isabel Osório sentiu-se “muito honrada” com o convite de Carla Couto para integrar o Estágio da Jogadora, reconhecendo a importância de projetos como este. “É muito bom, porque os campeonatos femininos em Portugal terminam muito cedo e esta é uma possibilidade que, mesmo não sendo profissionais, estão num contexto com um staff com competências para tal”, destaca. Além disso, a treinadora vê-se como um elemento que contribui para a continuidade deste projeto.

O ambiente no Estágio é descrito como positivo, com as jogadoras a demonstrarem uma postura profissional e empenhada. “Penso que grande parte já se conhecia. Independentemente do contexto, uma característica que as jogadoras têm de ter é dar o máximo. E é essa a postura que elas têm tido”, observa.
Questionada sobre o futuro do Estágio da Jogadora, Isabel Osório sugere que faria sentido começar mais cedo, “no fim de junho, ou início de julho”. No entanto, reconhece que, sendo a primeira edição, é natural que existam ajustes. “Tenho a certeza que para o próximo ano o Sindicato vai ajustar isto”, afirma, demonstrando confiança na capacidade de adaptação.

Para a treinadora, a existência do Sindicato é, então, crucial para a proteção e desenvolvimento das jogadoras. “A existência do Sindicato é muito importante, porque protege os jogadores”, salienta. Osório enfatiza que projetos como o Estágio da Jogadora, com a visibilidade e o apoio do Sindicato, são fundamentais para o crescimento e profissionalização da modalidade, trazendo “apenas coisas positivas” para as atletas.
Isabel Osório: “Elas estão a escrever a história agora”






