Duas épocas depois de ter custado 20 milhões à Atalanta, Mateo Retegui trocou o futebol italiano e europeu pelos sauditas do Al-Qadsiah, por 65M€. Um negócio bastante lucrativo para o clube de Bergamo, que viu Retegui sagrar-se melhor marcador da Serie A na época passada, com 25 golos. O curioso da venda de Retegui para a Arábia Saudita é que o negócio foi, então, muito lucrativo para outros cinco clubes. Retegui “dá” dinheiro a cinco clubes argentinos.
Segundo a imprensa argentina, os cinco clubes que Retegui representou naquele país têm dinheiro a haver neste negócio. Isto devido ao mecanismo de solidariedade da FIFA, criado precisamente para recompensar financeiramente os clubes formadores de um futebolista profissional quando há uma transferência.
Ou seja, Boca Juniors, River Plate, Tigre, Estudiantes e Talleres, exatamente por esta ordem, têm direito a uma percentagem do valor que o Al-Qadsiah vai pagar à Atalanta.
Desta forma, e se olharmos para o valor total do mecanismo de solidariedade da FIFA como um bolo, o Boca Juniors tem, então, direito à maior fatia: 1,6 milhões de euros. Segue-se-lhe o eterno rival, River Plate, primeiro clube de Retegui na Argentina, que encaixa 650 mil euros.
Depois, o trio formado por Tigre, Estudiantes e Talleres recebem, cada um, 325 mil euros. Aos 26 anos, Retegui ruma à Arábia Saudita, mas tornou-se uma lufada de ar fresco para alguns clubes argentinos que atravessam crises financeiras, como o Tigre ou o Talleres de Cordoba.